Ministro da Saúde quer reduzir o número de fumadores
Paulo Macedo considera que redução de 5 por cento no número de fumadores «é um número positivo», mas «não é suficiente»
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse esta terça-feira fazer «um balanço positivo» das medidas tomadas para reduzir o tabagismo em Portugal, como a lei do tabaco, mas considerou insuficiente a redução de 5 por cento do número de fumadores.
«É um número positivo, mas não é um número que consideremos suficiente», afirmou o ministro à agência Lusa, a propósito da redução do número de fumadores.
Isto porque, acrescentou, «o tabagismo afeta as pessoas, em termos concretos, não apenas no caso do cancro do pulmão, mas tem efeitos negativos em múltiplas patologias».
A lei do tabaco, em vigor há cinco anos, reduziu em 5 por cento o número de fumadores, mas o Governo prepara nova legislação, mais restritiva, para proibir totalmente o fumo nos restaurantes e cafés.
Sobre se o Governo está a preparar nova legislação nesta matéria, mais restritiva, o governante considerou que «são necessários novos passos».
«Nesse sentido, está para ser divulgada uma proposta de diretiva europeia. Vamos estar atentos e, depois, legislar em função disso», limitou-se a afirmar.
O tabagismo, lembrou ainda Paulo Macedo, implica «elevados custos» para o setor da saúde, mas não só: «E sobretudo para cada um de nós individualmente, quer aqueles que são fumadores ativos, quer os passivos».
O Ministério da Saúde já divulgou que está a estudar a comparticipação dos medicamentos para ajudar os fumadores a deixarem de fumar, ao mesmo tempo que vai avançar com legislação para impedir os novos restaurantes, cafés e afins de terem espaços para fumadores.
Em declarações recentes à Lusa, o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, assumiu que a lei do tabaco em vigor «foi um pouco precipitada, seguramente mal desenhada».
Um em cada quatro portugueses morre prematuramente, em parte devido ao tabaco.
Os custos de saúde relacionados com o tabaco representam um encargo anual para o Estado de quase 500 milhões de euros, de acordo com dados do ministério tutelado por Paulo Macedo.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse ainda que uma das prioridades para este ano é a revisão da lista de utentes do Serviço Nacional de Saúde, para que «mais portugueses» tenham acesso a médico de família.
«Este ponto foi negociado em 2012 com os sindicatos médicos, foi publicada a metodologia" e, ao longo deste ano, "queremos, de facto, tirar [das listas do Serviço Nacional de Saúde] os utentes que são inexistentes», escreve a Lusa.
Fonte: TVI24
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